“Bebês e crianças pequenas não são lousas das quais o passado pode ser apagado com um espanador ou esponja, mas seres humanos que trazem em seu íntimo suas experiências anteriores e cujo comportamento no presente é profundamente afetado pelo que aconteceu antes”. Bowlby,J., Maternal Care and Mental Health, Genebra, 1961.

EDITORIAL DE ABERTURA

Por Helman Telles S. Reis

Por que um blog?
Essa é a pergunta que muitos podem estar se fazendo ao compartilhar dessa experiência. Alguns, talvez, nem saibam ao certo o que isso signifique.
Entre tantas formas de comunicação “on line”, os blogs pretendem-se apresentar como espaços dinâmicos e flexíveis, com possibilidade de interação em níveis distintos e envolvendo diversos modelos de comunicação entre os participantes, seguidores ou visitantes ocasionais. A comunicação pode se dar de um para um, de um para vários ou de vários para vários, concretizando o estabelecimento e mantendo a presença de uma estrutura midiática no “cyber espaço” contendo as características de uma “rede social”. Nesse sentido, as atividades “on line” buscam reproduzir e propagar os eventos do mundo físico, sensorialmente compartilhado, em um ambiente virtual (uma instância do real) - quer sejam atividades ou situações - de forma veloz, abrangente e que permita alguma forma de retorno, que vão desde o uso de ferramentas de apreciação às postagens de comentários, sugestões e produção de conteúdo.
Hoje, cada vez mais empresas e instituições, além de pessoas, fazem uso desse recurso para manter um canal de comunicação mais “informal” e interativo com seu público alvo.
Ainda que os “blogs institucionais” não costumem interagir “verdadeiramente” com a “blogosfera”, o nosso propósito é manter dinâmicas as visitas ao espaço criado, mantendo os nossos seguidores (inscritos) informados (automaticamente) sobre novas postagens, renovando conteúdo, acrescentando funções e, principalmente, permitindo e estimulando nossos profissionais a compartilhar suas experiências exitosas no presente plano de ação. Intentamos, também, noticiar e evidenciar acontecimentos, relacionados à “Estratégia Brasileirinhas e Brasileirinhos Saudáveis” (EBBS), em curso nos outros municípios piloto, bem como reportagens de interesse. Com o mesmo objetivo disponibilizaremos material para “download”, entre outras funcionalidades.
É nossa expectativa que o blog possa indicar o estado ou andamento da EBBS, no Brasil e, destacadamente, em nossa cidade, instrumentalizando-se em um termômetro que avalie como pensam, sentem e agem quer sejam os membros envolvidos nas ações estratégicas em questão quer sejam aqueles situados externamente à instituição.
Talvez um indicativo de “sucesso” (em nossas metas) possa ser tomado pela participação de nossa comunidade profissional na utilização do blog como espaço de discussão, troca de experiências, conhecimento e de idéias.
É desse modo que a destacada interação “verdadeira” poderá ser efetivada. Não somente as relações pessoais, assim como as públicas ou profissionais, baseiam-se na aceitação dessa pretensa “verdade” para mediarem, com algum êxito, os entendimentos e resultados entre as pessoas ou diversos setores de empresas e instituições sobre os indivíduos que aqueles ou estas pretendam alcançar.
Em certo aspecto, os blogs são como um “braço” de uma “network”, ou seja: de uma rede de pessoas conectadas - neste caso por blogs - na medida em que estas dispõem, em suas interfaces virtuais, quer via “correios eletrônicos (E.mails) quer via espaços “blogueográficos”, de uma relação de links de outros blogues e sites,  como foi disponibilizado em nosso caso.
Com tudo isso, a EBBS só tem a ganhar, consolidando-se como um conjunto lógico e empírico de atitudes comprometido com o crescimento, o bem-estar e a eqüidade no acesso à saúde do povo brasileiro, a partir da primeira infância. Por isso mesmo, articula-se como um aprofundamento da “Estratégia da Saúde da Família” (ESF) ou, mais especificamente, da “Atenção Primária em Saúde”, pelo foco em um ponto frágil e vital do seu universo, a saber: a criança.
Presentemente, é incontestável a associação entre saúde, educação, qualidade de vida e desenvolvimento. Itens estes que devem ser extensivos a todo o ambiente familiar. Hoje, pelo conhecimento obtido a partir dos estudos éticos e científicos, bem como da observação da experiência nacional e internacional, pode-se afirmar, de maneira responsável e livre de inspirações demagógicas, que o usufruto, por cada brasileiro, dos direitos e bens básicos em saúde e bem estar social, são inquestionáveis e dependem de uma bem sucedida integração das políticas públicas e daqueles que as efetivam.

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