Desde seu nascimento, as crianças têm necessidades que devem ser adequadamente satisfeitas para que cresçam adultos capazes de estabelecer e manter relações saudáveis com o outro, com o mundo e consigo (BRAZELTON, 2002). Um cuidado adequado nos primeiros anos de vida pode ser a chave para a saúde mental do adulto, e experiências inadequadas nesta etapa da vida estariam relacionadas ao desenvolvimento de delinqüência, violência e depressão, que podem ser considerados transtornos do apego (BOWLBY, 1989).
Apego pode ser definido como um vínculo particular que se estabelece entre uma criança e um ou mais cuidadores e no qual ambos encontram conforto e segurança. A relação entre uma mãe e seu bebê é o modelo mais bem observado, mas também o pai, os avós e outras figuras provedoras de cuidados, como educadores infantis, são importantes figuras de relação para as crianças (KLAUS, 1992; BRAZELTON, 1989). Entre estes e as crianças pequenas, podem-se estabelecer relações capazes de sustentar, de forma mais ou menos adequada, o desenvolvimento desta criança e sua capacidade futura de formar famílias e conviver em sociedade (BRAZELTON, 2002).
Acreditamos na possibilidade de intervir no curso destes relacionamentos, através da sensibilização de pais e cuidadores infantis para as necessidades essenciais das crianças ao longo de seu desenvolvimento. Como afirma BRAZELTON (2002), “se nós, como provedores de apoio, pudermos oferecer a informação e a modelagem necessárias para os pais entenderem o desenvolvimento de seu filho e acentuá-lo, poderemos desempenhar um papel crucial para o sucesso do sistema familiar”.
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