“Bebês e crianças pequenas não são lousas das quais o passado pode ser apagado com um espanador ou esponja, mas seres humanos que trazem em seu íntimo suas experiências anteriores e cujo comportamento no presente é profundamente afetado pelo que aconteceu antes”. Bowlby,J., Maternal Care and Mental Health, Genebra, 1961.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

SOBRE VÍNCULOS E DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Por Jorge Zepeda

Desde seu nascimento, as crianças têm necessidades que devem ser adequadamente satisfeitas para que cresçam adultos capazes de estabelecer e manter relações saudáveis com o outro, com o mundo e consigo (BRAZELTON, 2002). Um cuidado adequado nos primeiros anos de vida pode ser a chave para a saúde mental do adulto, e experiências inadequadas nesta etapa da vida estariam relacionadas ao desenvolvimento de delinqüência, violência e depressão, que podem ser considerados transtornos do apego (BOWLBY, 1989).


Apego pode ser definido como um vínculo particular que se estabelece entre uma criança e um ou mais cuidadores e no qual ambos encontram conforto e segurança. A relação entre uma mãe e seu bebê é o modelo mais bem observado, mas também o pai, os avós e outras figuras provedoras de cuidados, como educadores infantis, são importantes figuras de relação para as crianças (KLAUS, 1992; BRAZELTON, 1989). Entre estes e as crianças pequenas, podem-se estabelecer relações capazes de sustentar, de forma mais ou menos adequada, o desenvolvimento desta criança e sua capacidade futura de formar famílias e conviver em sociedade (BRAZELTON, 2002).

Para um desenvolvimento harmonioso, é necessário atender não só as necessidades físicas, nutricionais e ambientais fundamentais, mas também as necessidades afetivas básicas da criança, como aceitação, afeto, limites, proteção, brincadeiras, modelos de comportamento (LISSAUER, 2002; SANTANA, 1998). Sobretudo em seus primeiros três anos de vida, a criança precisa estabelecer relacionamentos sustentadores contínuos com um ou mais cuidadores, ou relações de apego adequadas, para se desenvolver adequadamente (BRAZELTON, 2002).

Acreditamos na possibilidade de intervir no curso destes relacionamentos, através da sensibilização de pais e cuidadores infantis para as necessidades essenciais das crianças ao longo de seu desenvolvimento. Como afirma BRAZELTON (2002), “se nós, como provedores de apoio, pudermos oferecer a informação e a modelagem necessárias para os pais entenderem o desenvolvimento de seu filho e acentuá-lo, poderemos desempenhar um papel crucial para o sucesso do sistema familiar”.

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